Psiquiatra de Patos de Minas envolvido na polêmica da cloroquina recebe apoio nas redes sociais

Notícias | Saúde

28 Julho, 2020

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Psiquiatra de Patos de Minas envolvido na polêmica da cloroquina recebe apoio nas redes sociais


Um movimento chamado “Somos Todos Ricardo Pião” surgiu em Patos de Minas para defender o psiquiatra Ricardo Pião, que foi denunciando ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina. O grupo afirma que o médico “está fazendo o bem e ajudando a curar pacientes com a COVID-19”. De acordo com a denúncia, de autoria do município de Patos de Minas, Pião teria desobedecido à recomendação do Conselho Federal de Medicina (CRM), além de descumprir leis que proíbem a dispensação de medicamentos em consultório médico e publicidade indevida.

Para os envolvidos na campanha, o psiquiatra estaria apenas ajudando a salvar vidas. Os grupos também entendem que há politização da ação. Eles acreditam que a hidroxicloroquina e a cloroquina se tornaram motivo de polêmica, por causa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que é o principal fiador do remédio. “O presidente tomou e está aí. Estão é com politicagem sobre o tema. Somos todos Ricardo Pião. Ele está apenas fazendo um bem para a nossa cidade, para salvar as pessoas doentes”, disse uma apoiadora.

Como o movimento surgiu na internet, o Clube Notícia não conseguiu identificar quem são os criadores e incentivadores da corrente. As imagens em apoio ao médico surgiram em grupos de WhatsApp e também no Facebook. A foto reproduzida nesta reportagem não tem autoria definida.

A denúncia foi feita pelo Município de Patos de Minas. O documento, remetido ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público Federal e ao Conselho Regional de Medicina, aponta que o médico cometeu diversas irregulares, além de infringir o Código de Defesa do Consumidor e promover venda casada. A ação já foi recebida pelo MPMG e está em fase de apuração.

Estudos comprovam que a substância não tem eficácia contra a COVID-19

Uma pesquisa liderada pelos principais hospitais privados do Brasil e publicada nesta quinta-feira (23) no The New England Journal of Medicine descobriu que o uso da hidroxicloroquina não melhorou as condições de pacientes hospitalizados com a Covid-19 que apresentavam quadros leves ou moderados.  O estudo verificou que o uso de hidroxicloroquina, sozinha ou associada com azitromicina, não mostrou efeito favorável na evolução clínica dos pacientes.

A hidroxicloroquina foi usada durante 7 dias na dose de 400 mg a cada 12 horas, e a azitromicina foi usada na dose de 500 mg a cada 24h, pelo mesmo período. O resultado mostrou que o status clínico dos pacientes após 15 dias de pesquisa foi similar nos três grupos. Ou seja, a utilização do medicamento não promoveu melhoria na evolução clínica dos pacientes.

Por: redação Clube Notícia

Fonte: CNN Brasil

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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