Resultado de exame de DNA do suposto filho de Padre Roldão deu negativo e alivia Igreja Católica
Um pedido de reconhecimento de paternidade causou espanto aos fiéis da Igreja Católica em outubro de 2011, quando Fabrício Augusto Nascentes, 31 anos, procurou a imprensa da região afirmando ser filho de Padre Roldão, sacerdote que havia falecido a 2 meses.
A notícia tomou projeção nacional, foi matéria de rede nacional e amplamente divulgada em todos os canais de comunicação, quando o suposto filho iniciou uma batalha judicial para reconhecimento de paternidade e pela herança que, segundo ele era de mais de 5 milhões de reais.
No entanto, esta semana a justiça de Patos de Minas concluiu o caso, confirmando que o jovem que vinha lutando por parte da herança do Padre não tinha nenhum parentesco com a família de Roldão e que até então, o sacerdote não havia deixado nenhum filho.
Segundo Padre Wagner José dos Santos, amigo do Sacerdote, desde que a notícia foi veiculada, alguns meses após seu falecimento, todo o clero de Paracatu ficou em oração devido à quantidade de ofensas que vinham acompanhando através da mídia, e também aguardavam o resultado da processo, uma vez que o exame preliminar de DNA que deu origem à sequência de reportagens e acusações não tinha sido aceito pela justiça, que pediu um novo exame e contra prova.
“-O que fica comprovado é que o Padre Roldão não é o Pai daquele que em mídia difamou também os sacerdotes com tamanha maldade. Aquilo que acreditamos desde o início ficou comprovado. Padre Roldão sempre descansou e continuará a descansar em paz, na paz de Deus, no coração de Deus.” Disse Padre Wagner.
O juiz titular da vara da família em Patos de Minas, Dr. Tenório Silva Santos, disse que o processo de investigação de paternidade foi iniciado e que o exame de DNA feito pela parte interessada, fora do processo judicial, não tinha validade para a Justiça. “É uma peça antes do processo. Trata-se de um princípio e não de um indício.”, disse. “O DNA deve ser feito sob fiscalização do juízo competente se houver contestação de alguma parte envolvida.”
Após muitas idas e vindas, o último exame realizado a partir de um irmão do padre Roldão comprovou que o rapaz, dito filho, não tem nenhum parentesco com a família do Padre Roldão e no entanto nenhum parentesco com o mesmo.
O suposto filho do padre apareceu dois meses após a morte do sacerdote e segundo as investigações, o responsável pela farsa é um dos 37 sobrinhos do Padres que, contrariado pela existência de um testamento que beneficiava apenas a prima Evalda das Dores Gonçalves, que cuidou do tio até os últimos dias de vida, revelou ao jovem Fabrício a história, que hoje, fica comprovada que não passava de uma farsa.
A verdade sobre o patrimônio
Segundo o que foi apurado, o patrimônio de Padre Roldão se resumia a uma fazenda no município de Paracatu, que era usada para retiros de sacerdotes e pela sua vontade foi deixada a instituições de caridade, uma casa em Unaí e uma camionete Chevrolet usada. Os bens foram declarados e adquiridos a partir de seus rendimentos advindos de sua aposentadoria como militar aposentado.
Fonte: Paracatu net