Secretário de Saúde e Diretora de Vigilância Sanitária falam sobre caso de dengue hemorrágica em Patos de Minas
O Secretário Municipal de Saúde, Dirceu Deocleciano Pacheco e a Diretora de Vigilância Sanitária de Patos de Minas, Mariah Figueiredo, falam sobre a situação atual da cidade que teve registro do primeiro caso de dengue hemorrágica da história do município. O caso aconteceu com um homem de 36 anos de idade, mas graças a um tratamento em tempo oportuno o paciente conseguiu se curar e já está em fase final de recuperação. Ao todo Patos de Minas de Minas já registrou mais de 10 casos de suspeita de dengue nos primeiros 09 (nove) dias do ano de 2014, o que representa mais de um caso por dia.
De acordo com o Secretário Municipal de Saúde, Dr. Dirceu, é preciso se prevenir para que não aconteça o mesmo dos anos anteriores, quando a cidade registrou altos índices de casos confirmados e suspeitos de dengue. Ele ressalta que somente com o auxílio total da população é possível controlar a procriação do mosquito transmissor da doença. O Programa Municipal de Combate a Dengue trabalha já realiza mutirões com o objeto de evitar que aconteçam novas epidemias da doença na cidade, como ocorreu em outros anos, mais precisamente em 2014, quando a cidade teve o maior número de casos.
Já a diretora de Vigilância Sanitária de Patos de Minas, Mariah Figueiredo, disse que a aplicação de inseticida manual já está sendo realizada pelo Programa Municipal de Combate a Dengue. Ela conta que todo ano são recolhidas aproximadamente 150 toneladas de materiais que podem servir de locais para procriação de larvas do mosquito transmissor da doença, entre eles, latas vazias e garrafas de plásticos vazias, entulhos, pneus velhos, sendo que estes são os preferidos pelos mosquitos para se reproduzirem. Ela disse ainda que em 2013 foram contratados 35 novos agentes de saúde para ajudar no combate ao mosquito transmissor da doença, através de fiscalização nas residências de locais de riscos e em todas as outras aéreas da cidade.
Mariah complementa dizendo que só com a conscientização da população de Patos de Minas será possível diminuir os casos de dengue no município, mas ela ressalta também que já está sendo realizado nas áreas de riscos pulverização com bombas manuais. Segundo Mariah a pulverização não é suficiente porque o mosquito se reproduz rapidamente. Sobre a dengue hemorrágica o mais perigoso tipo de dengue que existe, a diretora diz que infelizmente a cidade registrou o 1º da história em Patos de Minas. Um homem de 36 anos apresentou sangramentos na gengiva e forte queda de plaquetas, mas recebeu atendimento rápido e conseguiu se livrar da doença, ele já se encontra em repouso em sua própria casa enquanto se recupera totalmente da doença.
A dengue hemorrágica leva o paciente a morte se não for tratada em tempo. A doença causa febre e aumenta a sudorese, deixando a pele esbranquiçada e as extremidades frias. É comum dor de garganta, queda de pressão, dores no estômago e abaixo das costelas. As hemorragias ocorrem com frequência e podem atingir o fígado, aparelho digestivo e pulmão.
LEVANTAMENTO DO LIRA
O Levantamento do Índice Rápido do Aedes Aegypti ocorre até o dia 10 de Janeiro. O Programa Municipal de Combate à Dengue (PMCD) mobilizou 120 agentes de saúde para as visitas domiciliares. O Levantamento do Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) começou a ser realizado nesta Terça-Feira (7) e termina no dia 9, quinta-feira. O resultado será divulgado no mesmo dia. A partir do índice de infestação larvária, a Secretaria Municipal de Saúde tem parâmetros para desenvolver as ações de combate à dengue. O início do ano é considerado um período crítico para a infestação da doença devido ao período chuvoso que começou no final de 2013.
O Estado de Minas Gerais registrou uma explosão de casos de dengue no ano passado com várias mortes, deixando muitos municípios em alerta quanto a uma nova epidemia em 2014. O índice de infestação predial do Município em agosto do ano passado foi de 0,2%, o que caracteriza baixo risco para epidemia de dengue. Cerca de 4 mil domicílios foram visitados no período, o que representa 5% dos domicílios da cidade. Até 0,9%, o LIRAa é considerado de baixo risco; de 1% até 3,9%, é situação de alerta e acima de 4% é considerado alto risco. Os levantamentos são realizados quatro vezes por ano. Três em nível nacional, nos meses de janeiro, março e outubro, e um em nível municipal
Fonte: Vanderlei Gontijo
