Segundo MAPA mais de 1 bilhão de reais serão destinados para recuperação de lavouras afetadas pelas geadas
Os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) desta safra estão disponíveis a partir desta semana. A informação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Na última semana, a ministra Teresa Cristina assinou os primeiros 14 contratos com os agentes financeiros que irão aplicar os recursos do Funcafé. Com isso, a partir de agora, produtores, cooperativas, indústrias e exportadores já podem procurar os 34 bancos e cooperativas de crédito que têm autorização para operar com as linhas do fundo.
Neste ano, o orçamento
do Funcafé chega a quase R$ 4,64 bilhões, sendo R$ 1,28 bilhão para custeio, R$
1,77 bilhão para comercialização, R$ 1,08 bilhão para aquisição e R$ 504,4
milhões para capital de giro para indústrias e cooperativas. Além disso, foram
reservados R$ 1,32 bilhão especificamente para apoio aos cafeicultores que
sofreram perdas nas lavouras, devido às geadas desse ano. O montante foi
aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), no dia 17 de agosto.
EMATER
De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG), a área de café atingida pela geada chega a 19,1% em relação à área total plantada com café nas regiões pesquisadas no estado. A área total afetada foi estimada pelos técnicos da empresa em 173,6 mil hectares, com 9,5 mil cafeicultores atingidos.
O coordenador de Culturas da
Emater/MG, Sérgio Brás Regina, ressalta que os produtores devem procurar a
assistência técnica antes de fazer qualquer intervenção nas lavouras. Os tratos
culturais necessários vão depender da intensidade da geada em cada região e das
características das plantas.
“Em alguns casos, será preciso fazer
a recepa, que é uma das medidas mais drásticas. É o corte próximo ao solo, em
torno de 40 centímetros de altura. Em seguida, ocorrerá a partir dali a
rebrota, em torno de dois anos, e só então a planta voltará a produzir”, explica
o engenheiro agrônomo. Sérgio Regina não descarta até a necessidade de retirada
completa de algumas plantas, com o replantio com novas mudas. Mas, ele destaca,
isso terá que ser avaliado caso a caso.
De qualquer forma, é importante fazer
o laudo sobre as perdas, por um profissional habilitado, para apresentar na
instituição financeira, seja para obter o seguro, que normalmente é atrelado ao
crédito obtido pelo produtor, ou mesmo para ter os recursos do Funcafé.
Fonte: Agência Minas