Servidores da Educação da cidade de Patos de Minas voltam a se reunir nesta terça-feira (21)contra a reforma da previdência
O SindUTE irá se reunir às 17h30 desta próxima terça-feira, 21 de março, na praça do Coreto, na Avenida Getúlio Vargas, na cidade de Patos de Minas, para fazer uma concentração seguida de caminhada contra a Reforma da Previdência.
Apresentada ao Congresso Nacional pelo governo Temer, a medida estabelece idade mínima de 65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar e ainda exige contribuição de 49 anos para que o trabalhador possa receber o valor integral do salário. Alguns benefícios também poderão ser desvinculados do salário mínimo, diminuindo o valor da aposentadoria ao longo do tempo.
Uma das principais ações locais durante as concentrações é pressionar as bases eleitorais de deputados que são a favor da reforma. A tática já tem surtido efeito. O principal argumento do governo federal para propor uma reforma tão profunda na previdência seria o déficit do setor. No entanto, dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal desmentem essa tese. As receitas da Previdência fazem parte do orçamento da Seguridade Social que, além dos benefícios previdenciários, inclui saúde e outros programas sociais, como o Bolsa Família. Em 2015, as receitas da Seguridade Social foram de R$ 694 bilhões, enquanto as despesas foram de R$ 683 bilhões, um saldo positivo de R$ 11 bilhões.
Além disso, os débitos previdenciários e a sonegação de impostos por empresas somaram, em 2015, mais de R$ 350 bilhões, o que representou 77% do total de despesas com aposentadoria no mesmo ano (R$ 436 bilhões), indicando que o combate às fraudes poderia sanar qualquer possibilidade de déficit na previdência. Para o governo, no entanto, a solução é restringir o acesso à aposentadoria.
Para os trabalhadores, não há nenhuma possibilidade de acordo com a proposta. Eles exigem a retirada total do projeto e reivindicam melhor fiscalização no recolhimento do tributo, cobrança dos devedores da previdência – que hoje acumulam dívidas no montante de R$ 426 bilhões – e acabar com as isenções fiscais dadas a diversos setores.
Confira a convocação do SindUTE:
Fonte: v