Sistema FAEMG/SENAR/INAES busca apoio para evolução da cafeicultura no Cerrado Mineiro
O Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte envolve, aproximadamente, 300 cafeicultores na região.
O Sistema FAEMG/SENAR/INAES, em
parceria com empresas públicas, privadas e sindicatos de produtores rurais, tem
desenvolvido ações importantes para o fortalecimento da cafeicultura no Cerrado
Mineiro, região amplamente reconhecida pela qualidade de seus cafés. O Programa
de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte envolve, aproximadamente,
300 cafeicultores na região. Como estratégia de avaliação e desenvolvimento, as
reuniões de benchmarking começaram em outubro. Nesta etapa, supervisores,
técnicos e produtores encontram-se para avaliações sobre a atividade, visando a
melhores desempenhos nas propriedades atendidas. Além disso, os Dias de Campo
do ATeG e cursos contribuem para a evolução da cultura na região.
Em Monte Carmelo, 23
participantes do programa reuniram-se com a supervisora Karla Crystina Rosa e o
técnico Marcos dos Santos para apresentação dos resultados preliminares após
dois anos de trabalho. Os cafeicultores falaram principalmente dos indicadores
econômicos. “Esse é o momento de ouvir a posição de cada um deles, se tiveram
lucro, prejuízo, se têm ajustes para fazer. É o momento de analisar, comparar e
mensurar as práticas do negócio”, explicou a supervisora.
Evolução
“Eles não tinham noção da parte
de gestão, principalmente. Vendiam o café, mas não sabiam se tinham lucro ou
não. Logo no início dos trabalhos, percebemos que o custo de produção deles
estava bastante alto porque compravam produtos sem necessidade. Sugerimos
produtos mais baratos, com dosagens corretas e, com isso, os custos diminuíram.
Alguns tiveram 11% de redução e também aumentaram a produção em torno de 47% em
relação a 2019. Queremos atingir resultados ainda melhores”, afirmou o técnico.
A área de produção dos 23
participantes foi de mais de 490 hectares. A colheita passou de 13 mil sacas,
com média de 26 sacas por hectare. Quem tem área irrigada produziu 32 sacas por
hectare. Quem não tem, produz 19 sacas. “Isso representa 69% de produtividade a
mais nas áreas irrigadas. Quanto mais avançamos na assistência e avaliamos os
dados, mais percebemos o que é importante e o que deve ser feito. Essa fase é
para avaliar o ano que passou e fazer o planejamento para o próximo”, destacou
a supervisora.
Dia de Campo ATeG
Os Dias de Campo do ATeG
Café+Forte também têm contribuído para a qualificação dos cafeicultores do
Cerrado Mineiro. Em 11 de novembro, cafeicultores de dez municípios do Alto
Paranaíba e Triângulo Mineiro reuniram-se na Fazenda Experimental da EPAMIG, em
Patrocínio.
O evento foi promovido pelo
Sistema FAEMG/SENAR/INAES e EPAMIG, com parceria do Sindicato Rural de
Patrocínio, Embrapa Café, KP Fértil, NaterraCoffee, FUNDACCER e Distribuidora
Agro Santa Rita.
Foram aproximadamente seis horas
de palestras sobre temas que impactam na melhoria da produção de café:
cultivares, podas, manejo de doenças fúngicas e plantas daninhas, adubação
verde, controle biológico de pragas, gestão e uso de compostagem e
fertilizantes orgaminerais.
“Conseguimos reunir produtores de
diferentes municípios e proporcionar a eles uma programação técnica de alto
nível. Foi um dia muito produtivo e proveitoso, com muito conhecimento e troca
de experiências. Todos saímos do Dia de Campo do ATeG melhores do que
chegamos”, disse o técnico de campo Fernando Couto.
Parcerias
“O Dia de Campo do ATeG veio ao
encontro de um de nossos objetivos, que é promover a interação dos
pesquisadores da EPAMIG com os produtores, levando até eles as principais
inovações que resultam do nosso trabalho de pesquisa. Em eventos como esse,
temos ainda oportunidade de ouvir os problemas enfrentados para propormos
melhores soluções”, comentou o coordenar regional da EPAMIG, Reginério Soares
de Faria.
“Para nós de Patrocínio, é um
orgulho muito grande sediar um evento como este. Os assuntos abordados abriram
a mente dos participantes. Já conhecemos bem a qualidade das ações do Sistema
FAEMG/SENAR/INAES e ficamos muito felizes por essa parceria”, afirmou o
superintendente do Sindicato dos Produtores Rurais de Patrocínio João
Figueiredo.
Satisfação dos cafeicultores
“A cultura do café está cada vez
mais complexa e, por isso, a assistência técnica e gerencial tornou-se
indispensável. Estou extremamente satisfeito com a assistência que venho
recebendo. Todos deveriam ter a oportunidade de participar deste programa.” - Maurício
Brandão
“O ATeG nos deu uma nova visão da
cafeicultura, tanto na parte técnica quanto na parte de gestão. Hoje,
procuramos racionalizar os processos, diminuir os custos e fazer a gestão da
porteira para fora. Indico muito o programa, principalmente, aos pequenos
produtores.” - Fausto Silva de Queiroz
“Desde que assumi o negócio do
meu pai, há três anos, precisava de uma qualificação dessa. Já mudei muito
desde o início do ATeG. Hoje faço a gestão, tenho tudo anotado. Reorganizamos a
fazenda, melhoramos nossa estrutura, trocamos nosso maquinário e temos metas a
curto e longo prazos. Queremos produzir mais e com qualidade.” - Fabiane Kiyoko
Shimokomaki
“Colocamos todo o nosso portfólio
de atendimento aos produtores. Além dos cursos e treinamentos semanalmente,
também disponibilizamos a Assistência Técnica e Gerencial aos cafeicultores. Os
resultados têm sido expressivos e, assim, o Sistema
FAEMG/SENAR/INAES/SINDICATOS está presente a todo momento junto ao produtor.” -
Sérgio de Carvalho Coelho, gerente regional do Sistema em Patos de Minas.
Por Élcio Fonseca/Assessoria de Comunicação