SRS Patos de Minas orienta municípios com presídio sobre a proibição de cigarros
A medida foi implantada em 171 unidades prisionais
A entrada de
cigarros nos presídios mineiros foi proibida por meio de uma medida da
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e foi implantada
em 171 unidades prisionais. Baseado nessa medida, a Superintendência Regional
de Saúde (SRS) de Patos de Minas iniciou reuniões individuais com municípios
que possuem presídios dentro das microrregiões de saúde de João Pinheiro, Patos
de Minas e São Gotardo com a finalidade de orientar sobre como a saúde deve
atuar acerca o tratamento de tabagismo destinado às pessoas com privação de
liberdade no sistema prisional.
Dos 21
municípios sob a jurisdição da SRS Patos de Minas existem quatro presídios
localizados nos municípios de Carmo do Paranaíba, João Pinheiro, Patos de Minas
e Presidente Olegário. Daniella Fernanda Oliveira Soares, referência técnica da
Promoção à Saúde e Tabagismo, está à frente dessas reuniões No dia 11 de
outubro ocorreu a reunião presencial no município de Presidente Olegário.
Na
oportunidade estiveram presentes a coordenadora da Atenção Primária à Saúde
(APS) da SRS Patos de Minas, Alessandra Costa, e a assistente administrativa
Léa Coelho. O objetivo maior da reunião foi abordar o tratamento de tabagismo
para esse público, visto que ele é uma doença crônica causada pela dependência
da nicotina presente nos produtos à base de tabaco e que pode levar a sérios
problemas de saúde.
Para os
quatro presídios, a medida já está ativa desde o dia 31 de julho de 2024. Um
dos pontos destacados na reunião, foi sobre o importante papel da Secretaria
Municipal de Saúde (SMS) de Presidente Olegário na implantação do Programa
Nacional de Controle do Tabagismo na unidade prisional seguindo o protocolo
estabelecido pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ficou acordado que será
realizado um diagnóstico sobre a situação dos fumantes após o planejamento em
articulação a respeito do tratamento do tabagismo com a equipe de saúde da
unidade prisional. Ressalta-se que o Inca encaminhará o material para
realização dos grupos de tabagismo, porém ainda não há previsão sobre o envio
extra de medicamentos para essa demanda.
Importância
da medida
De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019), o grupo mais
representativo de fumantes é o que está na faixa etária de 40 a 59 anos (14,7%)
em Minas Gerais, ao passo que a faixa etária com menor proporção de fumantes é
a que compreende a população de 25 a 39 anos (11,4% ) no estado. A coordenadora
da Atenção Primária à Saúde, Alessandra Costa, ainda salientou que se preocupa
com os não-fumantes que ficam expostos à fumaça de cigarro nas celas. “Quem não
fuma, pode ser influenciado, então temos que trabalhar sobre o tabagismo com
todos” reforça.
Essa medida
de proibição se efetivou em julho de 2024, quando a Secretaria de Estado de
Justiça e Segurança Pública (Sejusp) determinou a proibição da entrada e
permanência de cigarros nas unidades prisionais do estado de Minas Gerais. Essa
medida foi implantada em 171 unidades e se baseia em dois eixos: Saúde e
Segurança.
– Eixo
Saúde: Garantir um ambiente livre das toxinas contidas nos cigarros,
beneficiando aqueles não-fumantes que convivem com fumantes. Além de oferecer
um tratamento de tabagismo para os fumantes, conforme consta na Portaria
Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014, pelo Ministério da Saúde (MS) e
pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
– Eixo
Segurança: Com a proibição, haverá a ausência de fósforos e isqueiros, que
geralmente são utilizados para atear fogo em pedaços de colchões e tecidos,
além dos cigarros serem usados como moeda de troca dentro do sistema prisional.
Vale
ressaltar que a proibição de cigarros em locais públicos fechados já é lei há
anos e sua última atualização na redação, foi por meio do Decreto Nº 8.262, de
31 de maio de 2014, no Art. 3º, consta que “é proibido o uso de cigarros,
cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilé ou outro produto fumígeno, derivado
ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado”.
Fonte:
Superintendência Regional de Saúde de Patos de Minas