Superintendência Regional de Saúde inicia campanha de vacinação contra a Influenza A
A Superintendência Regional de Saúde de Patos de Minas, inicia nesta Segunda-Feira (15/04) a camapanha de vacinação contra a "Influenza A". Com o slogan "Não Vacile! Vacine-se”, a Superintendência pretende vacinar aproximadamente 80 mil pessoas nos 21 municípios sobre sua jurisdição, sendo 28 mil apenas em Patos de Minas. A campanha que acontece de 15 a 26 de abril, sendo sábado (20/04) o dia da mobilização nacional, tem como objetivo reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza nos grupos prioritários.
De acordo com Lindomar Babilônia, Superintende Regional de Saúde, a meta é vacinar 80% do público-alvo que é formado por pessoas com 60 anos ou mais de idade, os trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento para a influenza, as crianças na faixa etária de seis meses aos menores de dois anos, as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os grupos de pessoas portadoras de doenças crônicas (necessidade de prescrição médica) que deverá ser apresentada no ato da vacinação e a população privada de liberdade. A contra-indicação é válida somente nos casos de alergia grave, ou seja, são aquelas pessoas que não podem comer sequer alimentos feitos que levem ovo.
A vacina é composta por diferentes cepas do vírus Myxovirus influenzae inativados, fragmentados e purificados. A composição e concentração de antígenos hemaglutinina (HA) são atualizadas a cada ano, em função de dados epidemiológicos, segundo as recomendações da organização mundial de saúde (OMS). A influenza constitui-se em uma das grandes preocupações das autoridades sanitárias, devido ao seu impacto na mortalidade decorrente das suas variações antigênicas cíclicas sazonais. A Organização Mundial de Saude (OMS) por meio do Programa Global de Influenza monitora a atividade da doença mundialmente. É uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais.
A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto a boca, aos olhos e ao nariz. Os vírus influenza são da família dos Ortomixovirus e subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade. antigênica, podendo sofrer mutações. Os vírus A e B são responsáveis por epidemias de doenças respiratórias que ocorrem em quase todos os invernos, com duração de quatro a seis semanas e frequentemente associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte.
Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, rinorreia, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, mialgia e cefaléia. A maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas, idosos e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar a formas clinicamente graves, pneumonia e morte.
O tratamento antiviral e importante no manejo clinico da gripe severa ou complicada. Assim, a vacinação anual é recomendada para proteção contra a gripe, sendo recomendada para os grupos alvos definidos pelo Ministério da Saúde, mesmo que já tenham recebido a vacina na temporada anterior. Os casos graves da doença evoluem para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) levando ate mesmo ao óbito. Essas complicações são bem mais comuns entre menores de 2 anos, idosos, gestantes e pessoas com historia de patologias crônicas, podendo elevar as taxas de mortalidade nestes grupos específicos.
A vacina contra a influenza sazonal e pandêmica não deve ser administrada em:
• Pessoas com história de reação anafilática prévia ou alergia severa relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina;
• Pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores também contraindicam doses subsequentes.
• Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina a manifestação;
• Para pessoas com história pregressa de síndrome de Guillain Barré - SGB, recomenda-se realizar avaliação médica criteriosa de risco-benefício da vacina.
Manifestações locais:
Dor no local da aplicação, eritema e enduração ocorrem em 10% a 64% dos pacientes. São benignas e auto limitadas geralmente resolvidas em 48 horas.
Manifestações sistêmicas:
Febre, mal estar e mialgia podem começar entre 6 e 12 horas após a vacinação e persistir por um a dois dias. Mais frequentes em primo vacinados.
• Manifestações de hipersensibilidade:
São raras e podem ser devido à hipersensibilidade a vacina. Reações anafiláticas graves contraindicam doses subsequentes.
Fonte: Vanderlei Gontijo