Suspeito de estuprar enteada de 2 anos é preso em Patos de Minas
Devido à gravidade das lesões, a criança seria submetida a uma intervenção cirúrgica no Hospital Regional
Foi uma conselheira tutelar quem acionou a PM. Ela
relatou que o padrasto, de 26 anos, e a mãe, de 32, havia socorrido uma menina
de dois anos e quatro meses apresentando graves ferimentos nas partes íntimas,
inclusive com corte no ânus, e que suspeitava de abuso sexual.
A mulher relatou que ela, o suspeito e os outros
filhos de quatro anos e um bebê de 10 meses, almoçaram na casa da mãe dela e,
depois, retornaram para a residência onde moram. Lá o padrasto deu banho na menina,
e pediu à mãe para secar e vestir a fralda.
Neste momento, segundo ela, a filha não apresentava nenhuma de lesão e que
foram dormir, sendo o casal com o bebê em um quarto e as outras crianças em outro.
Passado algum tempo, todos acordaram, ocasião em
que a mãe percebeu que a criança havia feito cocô na fralda. O padrasto
novamente deu banho na criança e mais uma vez a mãe não percebeu nenhuma lesão
na filha.
Após esse fato, a mãe retornou para o quarto
permanecendo acordada, o padrasto foi para o sofá e as crianças para o alpendre
na frente da casa onde o portão estava trancado, inexistindo possibilidade de
acesso de outras pessoas no imóvel.
Passadas aproximadamente duas horas, a vítima foi
até a mãe reclamando do irmão mais velho, porém, em seguida voltou a brincar.
Minutos depois, o padrasto desesperado, levou a vítima com sangramento no ânus
até a mãe. Em seguida o casal levou a criança para a Santa Casa de
Misericórdia.
Ao ser questionado sobe o fato, o padrasto afirmou
que não existia nenhuma possibilidade de outra pessoa ter entrado no imóvel e
confirmou o relato da companheira, acrescentando que ficou o tempo todo no sofá
monitorando as crianças brincarem.
Continuando com os relatos, o padrasto disse que
escutou um barulho e ao verificar deparou com a criança caída com a barriga no
chão chorando, e que de imediato a pegou e levou para mãe. Ocasião que ela
percebeu que a filha estava com sangramento saindo da fralda, escorrendo pelo
joelho.
Foi acionado o SAMU, mas como estava demorando a
chegar, resolveu chamar um táxi e socorreu a criança para a Santa Casa de
Misericórdia.
Porém, devido à gravidade da lesão, a criança foi
transferida para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD) onde foi atendida por
uma médica que constatou equimose na região perianal, com corte que iniciava na
parte interna do ânus e iria até próximo a vagina e um hematoma no abdômen no
lado inferior direito.
Devido à gravidade das lesões, a criança seria
submetida a uma intervenção cirúrgica. A Polícia Militar voltou a questionar a
mãe, sendo que ela afirmou que não havia outra pessoa que pudesse ter praticado
o abuso, além do seu companheiro.
A conselheira tutelar decidiu então não permitir
que os dois irmãos continuassem sob a guarda da família, visto que a mãe iria
permanecer no hospital acompanhando a vítima.
Assim que saiu com outros filhos, a conselheira
ouviu do garoto de quatro anos que foi o padrasto que machucou a irmãzinha e
que ele bateu nela jogando ela no chão fazendo sair sangue.
Após este relato, a conselheira retornou para o
hospital e na presença dos militares, o garoto confirmou que foi o padrasto que
machucou a irmãzinha.
Perante essas novas confissões, a Polícia Militar
prendeu o padrasto. Ao ser novamente questionado sobre os fatos, o padrasto
negou que tenha machucado a menina e que não tinha certeza que o portão da casa
estava trancado.
Ainda segundo a mãe, após o ocorrido, o padrasto
havia mudado completamente o comportamento, ficou apavorado, inclusive havia
tomado remédio para se acalmar.
Diante de todos os fatos, o padrasto foi
encaminhado para a delegacia de Polícia Civil.
Por Toninho Cury