Suspeito de estuprar enteada de 2 anos é preso em Patos de Minas

Devido à gravidade das lesões, a criança seria submetida a uma intervenção cirúrgica no Hospital Regional

Notícias | Policiais

26 Dezembro, 2023

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Suspeito de estuprar enteada de 2 anos é preso em Patos de Minas


Foi uma conselheira tutelar quem acionou a PM. Ela relatou que o padrasto, de 26 anos, e a mãe, de 32, havia socorrido uma menina de dois anos e quatro meses apresentando graves ferimentos nas partes íntimas, inclusive com corte no ânus, e que suspeitava de abuso sexual.

A mulher relatou que ela, o suspeito e os outros filhos de quatro anos e um bebê de 10 meses, almoçaram na casa da mãe dela e, depois, retornaram para a residência onde moram. Lá o padrasto deu banho na menina, e pediu à mãe para secar e vestir a fralda.

Neste momento, segundo ela,  a filha não apresentava nenhuma de lesão e que foram dormir, sendo o casal com o bebê em um quarto e as outras crianças em outro.

Passado algum tempo, todos acordaram, ocasião em que a mãe percebeu que a criança havia feito cocô na fralda. O padrasto novamente deu banho na criança e mais uma vez a mãe não percebeu nenhuma lesão na filha.

Após esse fato, a mãe retornou para o quarto permanecendo acordada, o padrasto foi para o sofá e as crianças para o alpendre na frente da casa onde o portão estava trancado, inexistindo possibilidade de acesso de outras pessoas no imóvel.

Passadas aproximadamente duas horas, a vítima foi até a mãe reclamando do irmão mais velho, porém, em seguida voltou a brincar. Minutos depois, o padrasto desesperado, levou a vítima com sangramento no ânus até a mãe. Em seguida o casal levou a criança para a Santa Casa de Misericórdia.

Ao ser questionado sobe o fato, o padrasto afirmou que não existia nenhuma possibilidade de outra pessoa ter entrado no imóvel e confirmou o relato da companheira, acrescentando que ficou o tempo todo no sofá monitorando as crianças brincarem.

Continuando com os relatos, o padrasto disse que escutou um barulho e ao verificar deparou com a criança caída com a barriga no chão chorando, e que de imediato a pegou e levou para mãe. Ocasião que ela percebeu que a filha estava com sangramento saindo da fralda, escorrendo pelo joelho.

Foi acionado o SAMU, mas como estava demorando a chegar, resolveu chamar um táxi e socorreu a criança para a Santa Casa de Misericórdia.

Porém, devido à gravidade da lesão, a criança foi transferida para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD) onde foi atendida por uma médica que constatou equimose na região perianal, com corte que iniciava na parte interna do ânus e iria até próximo a vagina e um hematoma no abdômen no lado inferior direito.

Devido à gravidade das lesões, a criança seria submetida a uma intervenção cirúrgica. A Polícia Militar voltou a questionar a mãe, sendo que ela afirmou que não havia outra pessoa que pudesse ter praticado o abuso, além do seu companheiro.

A conselheira tutelar decidiu então não permitir que os dois irmãos continuassem sob a guarda da família, visto que a mãe iria permanecer no hospital acompanhando a vítima.

Assim que saiu com outros filhos, a conselheira ouviu do garoto de quatro anos que foi o padrasto que machucou a irmãzinha e que ele bateu nela jogando ela no chão fazendo sair sangue.

Após este relato, a conselheira retornou para o hospital e na presença dos militares, o garoto confirmou que foi o padrasto que machucou a irmãzinha.

Perante essas novas confissões, a Polícia Militar prendeu o padrasto. Ao ser novamente questionado sobre os fatos, o padrasto negou que tenha machucado a menina e que não tinha certeza que o portão da casa estava trancado.

Ainda segundo a mãe, após o ocorrido, o padrasto havia mudado completamente o comportamento, ficou apavorado, inclusive havia tomado remédio para se acalmar.

Diante de todos os fatos, o padrasto foi encaminhado para a delegacia de Polícia Civil.

Por Toninho Cury

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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