Suspeitos de assassinato em bar são liberados por falta de elementos que comprovem participação no crime
O
Delegado regional de Polícia Civil, Luís Mauro Sampaio, explicou que os três
suspeitos de serem o autor dos disparos, o mandante do crime e o piloto da moto
que deu fuga ao autor, foram liberados, após ter sidos levados para a Delegacia
de Polícia Civil. A prisão feita pela Polícia Militar aconteceu 17 horas após o
crime, ainda no sábado (18). O Delegado de plantão entendeu que já havia
passado o período do flagrante do crime.
Luís Mauro disse que após os
envolvidos serem levados para a Delegacia de Polícia Civil, eles foram ouvidos
pelo Delegado de plantão Alex Miller. Igor Marins dos Santos, de 18 anos,
confessou para a Polícia Militar e também para o delegado que seria o autor dos
disparos que matou Carlos Antônio Alves Fernandes, de 27 anos, conhecido como
Tata, na porta de um bar na Rua Guaranis, no Bairro Caramuru. Apesar da
confissão, o Delegado entendeu que não havia mais o flagrante do crime e
decidiu liberar o suspeito. Igor não apontou quem seria os outros envolvidos.
O Delegado regional explicou
que o artigo 302 do código de processo penal prevê que o flagrante é para quem
estar cometendo, acaba de cometer, logo após com perseguição ou logo depois,
com elementos que comprovam que ele é o autor do crime. Como havia passado mais
de 17 horas do crime, o Delegado entendeu que não enquadrava no flagrante.
Ainda de acordo com Luís Mauro,
sobre a suspeita João Matheus Corrêa “Teu”, de 20 anos, ter sido o mandante do
crime, não houve elementos até o presente momento que comprove a informação.
“Teu” também negou qualquer participação no crime. O Delegado então o autuou
por porte ilegal de arma de fogo e munições. Após pagar fiança de quatro mil
reais, o suspeito foi liberado.
Agora sobre a suspeita de
Cristiano Cesar Ferreira Martins, de 20 anos, ter sido o piloto que deu fuga a
Igor Martins, a informação também não foi confirmada por não ter elementos que
comprovem a autoria. Cristiano também negou as acusações e disse que não tinha
nenhum envolvimento com o crime. Ele foi autuado pela posse ilegal de munições
e pagou fiança de dois mil reais para deixar a Delegacia.
Luís Mauro explicou ainda que
todas as informações colhidas no depoimento dos supeitos serão repassadas para
o delegado de Polícia Civil, responsável pela delegacia de homicídios, Flávio
Henrique. As investigações seguem para que a polícia possa identificar o que de
fato aconteceu na madrugada de sábado e o que levou aos autores a matarem “Tata”.
“Isso não prejudica em nada na
eventual prisão de todos eles e agora ficará (a investigação) na delegacia de
homicídios da Polícia Civil”, explicou Luís Mauro. Ele disse que os
investigadores já estão empenhados para que o inquérito seja fechado o mais
breve possível.
Fonte: Igor Nunes