Terceira reunião para reestruturação do atendimento hospitalar na região Noroeste é realizada
O evento foi coordenado pelo Promotor de Justiça Dr. Rodrigo Taufik.
O HRAD, referência da alta complexidade,
tem sido dificultado na sua missão e vocação, devido ao desarranjo na
assistência hospitalar, que já era insatisfatório e foi agravado devido o fechamento
do Hospital São Lucas.
“Temos que ressaltar que as autoridades
da saúde, tanto municipais e estaduais estão empenhadas em solucionar a
situação, mesmo que algumas por tempo determinado, aguardando a ampliação de
serviços na Santa Casa. O Controle Social tem participado e acompanhado as
reuniões e esforços dos gestores no enfrentamento dos problemas. Esperamos que
as decisões tomadas surta efeitos rapidamente”, disse Pedro Cunha (Conselheiro
Estadual de Saúde).
Da Santa Casa, veio a notícia que a
esperada obra para o final de dezembro, da maternidade e do bloco cirúrgico,
foi adiantada para o final de novembro. Por enquanto o custeio da Unidade será
mantido pelo município e comunidade, até a habilitação pelo MS. O Estado de
Minas, através da SES, estuda uma forma de custeio, visando ajudar o município
de Patos e consequentemente os outros municípios aqui referenciados.
O HRAD, está sem pacientes acometidos
pela COVID desde 30 de outubro, ao mesmo tempo que a UPA está com uma
superlotação pós pandemia. (pacientes que não tiveram como tratar suas
enfermidades, muitos deixando agravar sua saúde, além dos sequelados da COVID).
É grande a fila do SUSFACIL, com
pacientes aguardando transferência na UPA, inclusive pacientes da oncologia.
O município de Patos de Minas estuda,
junto a controladoria e advocacia, uma forma de contratar profissionais e ceder
para o HRAD, para que não faltem especialistas.
Ao mesmo tempo que estamos todos
ansiosos para a habilitação de leitos na Santa Casa pelo MS, lembramos que
procedimentos da alta complexidade realizados no HRAD, estão aguardando habilitação
a mais de dez anos. Os serviços estão sendo reorganizados e pactuados nos
municípios de Patos de Minas, João Pinheiro, Paracatu, Patrocínio, São Gotardo,
Uberaba e Uberlândia.
Vamos continuar acompanhando e
contribuindo para as discussões e tomadas de decisão. Essa é a nossa missão
enquanto representantes da comunidade.
A Saúde é financiada pelos três entes
federados, pois pagamos muitos impostos e, no entanto, a comunidade ainda
precisar contribuir financeiramente para a efetivação de um equipamento
público, se faz necessário e é louvável, mais é no mínimo questionador.
Por Pedro Cunha - Conselheiro Estadual
de Saúde/Foto: FHEMIG-arquvivo