Vacinação contra febre aftosa terá nova estratégia em 2022
A inversão das etapas da campanha foi definida após análise e discussão com órgãos competentes em cada estado.
Minas Gerais e mais dez estados estão na lista de enquadrados na
nova estratégia de vacinação contra a febre aftosa neste ano. Conforme diretriz
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os órgãos de
defesa agropecuária do país – que compõem o bloco IV do Plano Estratégico
do Programa Nacional de Vigilância para Aftosa (PNEFA) – deverão, na
primeira etapa, vacinar bovinos e bubalinos de zero a 24 meses. Já na
segunda, serão imunizados animais de todas as idades. O objetivo é garantir a oferta
de imunizantes.
A inversão das
etapas da campanha foi definida após análise e discussão com órgãos competentes
em cada estado. As medidas envolvem não apenas MG, mas também Distrito
Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de
Janeiro, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
A movimentação de
animais durante as etapas de vacinação continuará seguindo as regras da
Instrução Normativa nº 48/2020, ou seja, propriedade adimplente com a etapa de
vacinação em curso poderá movimentar normalmente seus animais.
Status sanitário
No estado,
o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), é o responsável pelo
gerenciamento da campanha de imunização contra a febre aftosa. O órgão é
vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Seapa).
Como parte do
planejamento para melhorar o status sanitário de Minas Gerais em relação à
doença, estratégias para o fortalecimento do sistema de vigilância também são
permanentemente adotadas pelo instituto.
“O objetivo é
promover ações de detecção precoce e de resposta rápida a emergências
sanitárias. Há cinco componentes de vigilância para a febre aftosa: as
realizadas a partir de notificações de suspeitas; em propriedades rurais; em
eventos agropecuários; em estabelecimentos de abate; e as para estudos
soroepidemiológicos. Esses diferentes componentes do sistema de vigilância
produzem regularmente informações que ajudam a tomar decisões com base em uma
avaliação de risco precisa, oportuna e objetiva”, explica a diretora técnica do
IMA Cristiane Almeida Santos.
Plano estratégico
O Plano
Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) cria
e mantém condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre
aftosa, ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o
patrimônio pecuário nacional.
O Plano está
alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de
Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a
erradicação da doença na América do Sul.
Para realizar a
transição de status sanitário, foram considerados critérios técnicos,
estratégicos, geográficos e estruturais, que resultaram no agrupamento das
Unidades da Federação em cinco blocos.
Minas Gerais
pertence ao Bloco IV, e busca o novo status sanitário de livre de febre aftosa
sem vacinação, juntamente com Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo,
Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Distrito Federal e parte do Mato
Grosso.
Atualmente, a
imunização dos animais é fundamental para Minas manter o reconhecimento
internacional de área livre de febre aftosa com vacinação, status concedido
pela Organização Mundial de Saúde (OIE), e que mantém importantes acordos
internacionais.
Vacinação em 2022
O IMA reforça aos
pecuaristas que terá vacinação contra a febre aftosa em todo o estado neste
ano.
A retirada da
imunização está prevista para 2023, conforme avanço do programa de retirada da
vacinação, análise e determinação do Mapa.
*Com informações do
Mapa