Vereador da cidade de Monte Carmelo que estava foragido da justiça é preso pela Polícia Civil
Após quatro meses foragido, o ex-presidente da Câmara Municipal de Monte Carmelo, Valdelei José de Oliveira, foi preso pela Polícia Civil. Segundo o órgão, o acusado se apresentou no Núcleo de Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais com Foro de Prerrogativa de Função, na última sexta-feira (21/03). No entanto, a informação só foi divulgada nesta quinta-feira (27/03).
Valdelei teve seu mandado de prisão preventiva decretada em dezembro de 2013, durante a Operação Feliz Ano Novo. Segundo informações do Ministério Público, o ex-presidente da Câmara é acusado de ser um dos mentores de uma organização criminosa acusada de fraudar licitações no município, que fica no Alto Paranaíba. Depois de prestar depoimento para a delegada Karen de Paula Lopes, ele foi encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira.
Entenda o caso
Segundo informações do Ministério Público, a denúncia do crime teria partido de um sócio do parlamentar na empresa criada para facilitar a prática dos ilícitos. Além do mandado de prisão contra Valdelei, a Operação Feliz Ano Novo cumpriu vários outros mandados de prisão e de busca e apreensão de documentos e provas, nas cidades de Monte Carmelo e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Entre o material apreendido estão mais de 20 computadores e documentos na Prefeitura e na Câmara Municipal de Monte Carmelo, em um escritório de contabilidade e em mais 12 endereços, sendo quatro deles em Uberlândia.
Além Valdelei, o secretário de Fazenda do município, Valdivino dos Reis da Cunha, a controladora-geral da câmara, Iara Coelho Pimenta, e o empresário Mário Sérgio Silva Gotti também foram presos devido ao suposto envolvimento dos três em crimes contra a administração pública e por fraudes em procedimentos licitatórios. Em dezembro de 2013, o inquérito foi assumido pela Polícia Civil, quando a delegada Karen de Paula Lopes verificou ainda o possível envolvimento do prefeito de Monte Carmelo, Fausto Reis Nogueira, nos citados crimes, o que fez com que o inquérito passasse a tramitar no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Foto: Divulgação
Fonte: Vanderlei Gontijo