Vereadores de Patos de Minas devem aprovar projetos de lei que propõem repasses financeiros para a Pássaro Branco
PLs vão ser votados na próxima sessão ordinária, na quinta-feira (22/09); se aprovados, “Tarifa Social” deve ser sancionada pelo prefeito
Nesta segunda-feira (19/09), os parlamentares da Câmara Municipal de
Patos de Minas se reuniram novamente para discutir os projetos de lei nº 5570,
5571 e 5572/2022, de autoria do Executivo Municipal. Na ocasião, estiveram
presentes membros da equipe técnica da Prefeitura e representantes da empresa
Viação Pássaro Branco.
Paulo Henrique Silveira, procurador-geral do município, e Thiago Moreira
Martins, Assessor Especial de Desenvolvimento Econômico, estiveram na reunião
especial, explicando o método utilizado para embasar os projetos propostos.
Representantes da Pássaro Branco, como Eduardo Castanheira, diretor da viação,
e Itamar Fernandes, advogado da empresa, também compareceram para prestar
esclarecimentos.
Ambos os lados apresentaram suas metodologias de cálculo dos fatores que
justificariam o aumento da tarifa, sendo que houve discrepância apenas no valor
total que seria cobrado caso os projetos não sejam aprovados. Enquanto a
empresa defende a tarifa de R$5,67, que teria sido acordada anteriormente em
reunião com o município, a equipe técnica da prefeitura apresentou uma
estimativa de R$4,67 por passagem.
Dentre os dados da planilha de base, estão presentes custos fixos da
empresa (salários dos motoristas, manutenção dos ônibus, combustível, etc).
Thiago Moreira explicou que o método utilizado pela equipe técnica do município,
considerando as devidas variáveis, calcula o valor da tarifa dividindo os
custos operacionais pelo número médio de passageiros.
O jornalismo do Portal Clube Notícia entrou em contato com a assessoria
de comunicação do município questionando a origem do número médio de
passageiros apresentados na reunião (500 mil/mês). Até a publicação desta
matéria, a reportagem ainda não recebeu uma resposta. Quando a dúvida for
esclarecida, a informação será inserida neste espaço.
Apesar da divergência no valor total da tarifa pontuada por cada equipe,
a expectativa dos dois lados é que os projetos sejam aprovados. “A certeza que
a gente tem é que a tarifa não pode passar de R$4”, declara Paulo Henrique
Silveira. Sendo assim, a “Tarifa Social” cobriria o valor excedente que, a
princípio seria R$0,67 por passageiro; e os demais PLs a subsidiariam por meio
de repasses financeiros da Prefeitura para a Pássaro Branco, subvenção que não
poderia passar de R$1,3 milhão pelo período de quatro meses.
De acordo com o procurador-geral, a tarifa apresentada serve apenas para
referência e que os cálculos foram feitos de forma unilateral, sendo que os
repasses de complementação devem ser realizados a partir de levantamentos
mensais junto à Pássaro Branco. Dessa forma, variáveis como o preço do diesel e
quantidade de usuários influenciariam na complementação final. “A expectativa
que a gente tem para o final do ano é que esse valor de subsídio reduza”,
afirma.
Vereadores questionaram também sobre a qualidade do serviço ofertado
pela viação, mencionando reclamações da população sobre, por exemplo, o
atendimento a bairros novos e distantes e o tempo de circulação dos ônibus.
Parlamentares pontuaram, ainda, que a manutenção da tarifa em R$4 não é
suficiente para ser considerada um incentivo para o uso do transporte coletivo,
como o proponente dos projetos defende.
A partir da discussão realizada nesta segunda-feira (19/09), os
vereadores da Câmara Municipal de Patos de Minas devem votar os projetos de lei
em questão na próxima reunião ordinária, que ocorre na quinta-feira (22/09). Se
aprovados, os PLs seguem para sanção do prefeito.
Fonte e
fotos: Amanda Marques (Clube Notícia)