Vigilância Epidemiológica de Patos de Minas cumpre mandado em casa de portador da síndrome de Diógenes
A Vigilância Epidemiológica de Patos de Minas, realizou na manhã desta quinta-feira (13/03), o cumprimento de um mandado de busca e apreensão expedido pelo Ministério Público, solicitando inspeção em uma residência localizada na Rua João da Rocha Filgueira, cuja moradora é portadora da Síndrome de Diógenes.
Segundo o agente sanitarista Marcos Antônio dos Santos, do Controle de Endemias, “este é mais um dos casos existentes em Patos de Minas. É uma situação muito triste e ver um ser humano viver nessas condições sub-humanas”. Continuando Marcos informa que este é um trabalho que tem que ser feito, pois nestes casos, infelizmente compromete a saúde de terceiros, com por exemplo os focos de larvas de mosquitos da dengue.
Com o apoio da Polícia Militar, diversos funcionários daquela secretaria, após entrarem em entendimento com o proprietário do imóvel, iniciaram a limpeza do local.
Entenda a Síndrome de Diógenes
A Síndrome de Diógenes (SD) é uma alteração comportamental que geralmente ocorre entre pessoas idosas, caracterizada pelo isolamento social, pela autonegligência (descuido com o autocuidado, com a higiene pessoal e do lar), pelo comportamento paranóico e pelo colecionismo.
Em 1975 esta Síndrome foi descrita e nomeada, uma certa injustiça ao filósofo grego Diógenes de Sínope, também chamado Diógenes "o Cínico" (kynikos, kynon = cachorro). Diógenes acreditava que a virtude não deveria ser uma teoria mas uma ação prática, resultado da própria vivência, assim optou por viver na miséria, habitando um grande barril como lar e carregando à luz do dia uma lanterna acesa em busca de um homem honesto; acreditava que faria bem ao ser humano aprender com o cão.
Na Síndrome de Diógenes o colecionismo é a tônica, em detrimento do autocuidado. É possível observar desde casos de pessoas que colecionam todo tipo de objetos: recolhendo lixo e todo tipo de objetos inúteis (syllogomania), até animais.
Autor: Sérgio Tavares (diário de patos)
Fonte: Vanderlei Gontijo