Zema confirma pagamento de R$ 500 de auxílio a famílias carentes
Governador afirmou que a medida, que irá utilizar recursos do Refis, veio do diálogo e da soma de forças pelos Poderes.
O governador Romeu Zema confirmou, na tarde desta quinta-feira (29/04),
o pagamento do auxílio emergencial de R$ 500 – por família – aos cidadãos
mineiros em situação de extrema pobreza, com renda per capita familiar de até
R$ 89, conforme base de dados do Cadastro Único para Programas Sociais
(CadÚnico). A expectativa é de que 1,080 milhão de famílias sejam beneficiadas.
A medida foi aprovada nesta quinta-feira pela Assembleia Legislativa de Minas
Gerais (ALMG) em primeiro turno.
De acordo com a proposta, a previsão é de que o auxílio de R$ 500 seja
quitado em parcela única em agosto deste ano, após o pagamento da última
parcela do auxílio emergencial que está sendo efetuado pelo governo federal.
“Apoiar as famílias que mais precisam é urgente. Por isso, vamos pagar
um auxílio de R$ 500, em parcela única, para aqueles que estão em situação de
extrema pobreza. Desde o fim do ano passado, estudávamos formas de fazer esse
pagamento. Afinal, encontrei um Estado quebrado e estamos arrumando a casa. E a
solução veio do diálogo, da soma de forças pelos Poderes, que têm um objetivo
em comum: melhorar a vida do nosso povo”, afirmou o governador via redes
sociais.
O pagamento do auxílio também foi confirmado pelo governador Romeu Zema
durante reunião com o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus, o presidente
da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, e cerca de 180
prefeitos de todas as regiões do estado. O encontro também serviu para ampliar
o diálogo do governo com os municípios e ouvir as diversas demandas que foram
apresentadas, além de debater as ações do Governo de Minas no enfrentamento à
pandemia.
Zema explicou ainda que para efetuar o pagamento do auxílio serão
utilizados recursos do Refis, programa de renegociação de dívidas de empresas,
aprovado pelo Governo do Estado em março deste ano no Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz).
O Refis alcança todos os débitos de ICMS, em aberto ou parcelados,
inscritos ou não em dívida ativa, ocorridos até dezembro de 2020, e garantirá
às empresas que aderirem a ele descontos de até 90% nos juros e multas de suas
dívidas de ICMS. O parcelamento poderá ser feito em até 84 vezes. As reduções
se aplicam somente aos juros e multas aplicados sobre a inadimplência, estando
preservado o valor do imposto devido aos cofres públicos.
“Após reuniões e entendimentos com os deputados estaduais, conseguimos
viabilizar o Refis, que o Governo do Estado aprovou em março no Conselho
Nacional de Política Fazendária (Confaz). O sucesso do programa é que dará
condição para o pagamento. Em nome do Governo de Minas, me comprometo a fazer o
possível para que todos recebam o auxílio”, ressaltou o governador.
O presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus, ressaltou que os
benefícios da medida vão além do social para as famílias que passam por
dificuldades, principalmente neste momento de pandemia.
“Serão mais de R$ 500 milhões que vão entrar na economia dos municípios,
o que também faz um apoio importante ao comércio local e na arrecadação dos
municípios, já que o consumo local gera também este crescimento”, afirmou
Agostinho Patrus.
Os secretários de Estado de Governo, Igor Eto, de Saúde, o médico Fábio
Baccheretti, e o secretário-geral, Mateus Simões, também participaram da
reunião com os prefeitos.
Repasses da Saúde
Romeu Zema também afirmou, durante a reunião com os prefeitos, que sua
gestão busca encontrar uma solução para o pagamento de convênios do Estado com
os municípios mineiros firmados pelo Executivo desde 2012 na área da saúde.
O governador afirmou que será realizada uma reunião na próxima semana no
Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Tribunal de
Justiça de Minas Gerais (TJMG), para iniciar a construção de um acordo para o
pagamento das dívidas.
É importante ressaltar que os convênios que ainda não tiveram os
recursos transferidos para as prefeituras não têm relação direta com repasses
específicos para o combate à pandemia de covid-19. Como a finalidade de cada
convênio é específica, ele não pode ser gasto com outro objetivo.
O presidente da AMM, Julvan Lacerda, comemorou a iniciativa do governo.
“É uma alegria este momento para a gente solucionar este problema e construir
mais um acordo histórico que vem socorrer os municípios em um momento muito
importante”, afirmou Julvan.
Modelo
O objetivo do Governo de Minas é elaborar uma proposta nos moldes do
acordo histórico assinado em abril de 2019. Após negociação com a Associação
Mineira dos Municípios (AMM), mediada pelo Tribunal de Justiça de Minas (TJMG),
o governo estabeleceu o pagamento de R$ 7 bilhões em recursos relativos a
repasses do ICMS, IPVA e Fundeb – destes, R$ 6 bilhões de débitos deixados pelo
governo passado, relativos aos anos de 2017 e 2018, e outro R$ 1 bilhão
relativo ao repasse em atraso de janeiro de 2019.
Os pagamentos estão em dia e já foram quitadas 16 parcelas das 33
parcelas previstas, que somam R$ 3,7 bilhões – 52% do valor total devido.
Fonte: Agência Minas