GREVE DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO: profissionais de Lagoa Formosa realizam manifestação em prol de reajuste salarial
A categoria entrou em greve após diversas tentativas frustradas de negociação com o governo estatual.
Um grupo de professores estaduais que atua no município
de Lagoa Formosa, realizou nesta sexta-feira (18/03) uma manifestação
para reivindicar direitos trabalhistas.
Confira no final da reportagem, explicação das causas da greve proferida por Ricardo Barreto, coordenador do SindUTE sub sede Patos de Minas.
Segundo informações do professor e sindicalista,
Vinícius Augusto da Silva, a atual greve da categoria é resultado de várias
tentativas de diálogo sem sucesso com o governo estadual. A exigência dos
profissionais da educação, é que a lei que determina o piso salarial mínimo dos
professores seja cumprida (Tanto a Lei Federal do Piso 11.738 de 2008 quanto a
lei Estadual 21.710 de 2015).
De acordo com Vinicius, em Minas Gerais, um
Professor de Educação Básica recebe um valor que equivale a menos de 60% do
piso salarial nacional. Ainda segundo ele, durante o atual governo o salário não
foi corrigido de acordo com a inflação, ou seja, além da defasagem salarial, não houve aumento.
O único percentual que cresceu foi a contribuição previdenciária, que deixou de
ser 11% para ser 14%, podendo chegar até 22%, o que na prática significa
redução salarial.
Além do reajuste, outra reinvindicação da classe é contra
a aprovação do Regime de Recuperação
Fiscal que congela carreiras, salários, e impossibilita a abertura de concursos
públicos, além de não resolver o problema da dívida do Estado que continuará
com juros crescentes.
As várias manifestações, panfletagem e lives que tem
o corrido em Patos de Minas, Lagoa Formosa e outras cidades da região visam
trazer essas informações à comunidade escolar e a sociedade.
Os professores ressaltam que a greve nunca é o primeiro recurso. Mas se
faz necessária para obtenção de alguns direitos dos trabalhadores. “O que
se vê historicamente desde os anos 1980, é que nossas conquistas não vêm sem
luta. Felizmente nós não temos armas, senão a conscientização, greves e
paralisações. Sobretudo desejamos que
o educador seja melhor valorizado (recebendo o que é justo previsto em lei) pra
que esse campo profissional se torne cada vez mais atrativo para quem quiser
percorrer pela essencial estrada da educação em nosso estado.“
Texto: Vinícius Augusto da Silva / Fotos: Divulgação