Ministério do Meio Ambiente lança Escolas +Verdes para estimular ações sustentáveis na educação
Investimento de até R$ 300 milhões será realizado em duas etapas, financiando projetos voltados para reciclagem, reúso e eficiência no uso da água, energias limpas, dentre outros; Parceria com o Ministério da Educação intensificará as ações
O Ministério do
Meio Ambiente (MMA) lançou, na última quarta-feira (14) o Escolas+ Verdes,
iniciativa que tem como objetivo promover a sustentabilidade nas escolas
brasileiras, com um investimento inicial previsto em até R$ 300 milhões. A
medida, realizada em parceria com Ministério da Educação (MEC), visa promover
ações de cidadania e educação ambiental, como a separação e tratamento de
resíduos, reciclagem, logística reversa, reúso e eficiência no uso de água,
eficiência energética e energias renováveis. A portaria que regulamenta o
Escolas +Verdes e define os critérios para os projetos foi assinada pelo
ministro Joaquim Leite e contou com a presença dos ministros da Educação,
Victor Godoy, e da cidadania, Ronaldo Bento.
Escolas públicas ou
particulares que adotem práticas de sustentabilidade também poderão requisitar
o selo Escola +Verde. A certificação é um reconhecimento do Ministério do Meio
Ambiente e um diferencial para estimular a educação ambiental dentro e fora de
sala de aula.
Segundo o ministro Joaquim Leite, a
instalação de biodigestores traz uma abordagem prática e eficiente para a
educação ambiental. “Iniciativas como esta despertam no aluno a preocupação em
separar o lixo, em destinar corretamente o resíduo orgânico e o sólido. Essa é
uma ação do governo que mostra como fazer educação ambiental de forma direta.
Se conseguirmos colocar vários biodigestores nas escolas do país, vamos evitar
lixo nas cidades, nos rios e evitar emissões de gás metano, por exemplo”,
destacou o ministro.
Na primeira etapa,
estão previstos R$ 100 milhões para a instalação de biodigestores em escolas,
possibilitando a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos. O
biodigestor é um equipamento que produz, além do biogás, o biofertilizante
líquido. Assim, cascas, sementes, bagaço de frutas e restos de legumes deixam
de ir para o lixo comum e geram o combustível usado no preparo da merenda
escolar, substituindo a compra de botijões de GLP. A estrutura do equipamento
pode ser usada, ainda, para o tratamento de esgoto em escolas que ainda não têm
saneamento básico.
O ministro da
educação, Victor Godoy, destacou o fato de haver mais de 7.800 escolas sem
acesso às redes de esgoto, a maioria delas na zona rural. “Por isso é
importante trabalhar a conscientização dos alunos, professores e da comunidade
para o tratamento desses resíduos, que muitas vezes acabaria ali nos córregos,
que são áreas importantes de preservação no país. Com isso, a gente começa a
trabalhar, também, outros conteúdos pedagógicos. Os professores têm essa
possibilidade de enriquecer a aula com uma abordagem mais prática”, reforçou
Godoy.
A aquisição e
implantação dos biodigestores em escolas públicas será financiada pelo
Ministério do Meio Ambiente. O financiamento será feito a partir de recursos
próprios ou provenientes de cooperação, acordos, ajustes e outros instrumentos
celebrados pelo MMA com governos estrangeiros e organismos internacionais ou
órgãos e entidades públicas ou privadas, nacionais ou internacionais, com ou
sem fins lucrativos.
“Esse é um programa
voltado para a melhoria da qualidade de vida da população. Este é um programa
voltado para a sustentabilidade e ao acesso global à saúde e à educação. É
nisso que a gente acredita, é nesse propósito que nós vamos avançar para, cada
vez mais, entregar para a população aquilo que ela merece, que é uma escola de
qualidade, um meio ambiente protegido, promovendo a nossa cidadania plena”,
disse o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.
As iniciativas
sustentáveis, como o biodigestor, abrem espaço para a interdisciplinaridade,
pois permite que educadores nas áreas de biologia, matemática, química, física
e ciências possam abordar os assuntos de forma prática com seus alunos.
Para a segunda fase
do programa, a previsão é que sejam investidos R$ 200 milhões, abrangendo
outras iniciativas sustentáveis.
O lançamento da
iniciativa Escolas +Verdes teve como primeira medida concreta o lançamento de
Edital, assinado na mesma data, que beneficiará mais de 200 escolas.
ASCOM MMA-Fonte:gov.com