Anvisa libera Coronavac para crianças de 3 a 5 anos
Não há prazo para o início do uso do imunizante
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
decidiu nesta quarta-feira (13) autorizar a aplicação emergencial da vacina CoronaVac em
crianças de 3 a 5 anos de idade. O imunizante é produzido pelo Instituto
Butantan.
Durante reunião da diretoria colegiada, em Brasília,
por unanimidade, a agência seguiu recomendação das áreas técnicas e
autorizou a imunização com duas doses da vacina, no intervalo de 28
dias. A aprovação vale somente para crianças que não são
imunocomprometidas. A vacina é contra a covid-19.
Não há prazo para o início da utilização do imunizante
no plano nacional de vacinação. A decisão caberá ao Ministério da Saúde.
Para a diretora Meiruze Souza Freitas, da Anvisa,
relatora do pedido, a CoronaVac está aprovada em 56 países pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), teve cerca de um bilhão de doses aplicadas e tem
contribuído para reduzir mortes e hospitalizações.
"Vacinar crianças de 3 a 5 anos contra a covid-19
pode ajudar a evitar que elas fiquem gravemente doentes se contraírem o novo
coronavírus", explicou.
A faixa etária entre 5 e 11 anos começou a ser
vacinada em janeiro. Nesse caso, são aplicados os imunizantes da Pfizer (versão
pediátrica) e a CoronaVac.
Estudos
A decisão foi baseada em diversos estudos nacionais e
internacionais sobre a eficácia da vacina em crianças.
As pesquisas foram realizadas pela Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan, além de entidades internacionais. Também
foram levados em conta pareceres de sociedades médicas e das áreas de
farmacovigilância e de avaliação de produtos biológicos da Anvisa.
Um dos estudos clínicos, feito no Chile, mostrou
efetividade de 55% da CoronaVac contra a hospitalização de crianças que testam
positivo para a covid-19. Além disso, as crianças que participaram dos
estudos clínicos apresentaram maior número de anticorpos e menos reações à
vacina em relação aos adultos.
No Brasil, outros dados revelaram que as reações
graves após a imunização foram consideradas raras e raríssimas. A conclusão foi
obtida após análise de 103 milhões de doses aplicadas no país.
Fonte: Agência Brasil