Campanha Junho Lilás alerta para importância do teste do pezinho
Diagnóstico precoce é capaz de identificar doenças graves e raras
6ª edição da campanha Junho Lilás, iniciada no último dia 1º, chama a
atenção para a realização do teste do pezinho e, especialmente, do teste do
pezinho ampliado. A campanha é encabeçada pelo Instituto Jô Clemente (IJC),
antiga Apae de São Paulo, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de São
Paulo, Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal Erros Inatos do Metabolismo
(SBTEIM) e União Nacional dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal
(Unisert).
“Nosso intuito é orientar a sociedade sobre a necessidade de se fazer o
teste do pezinho e de expandir a todos os bebês brasileiros o acesso ao teste
do pezinho ampliado para o diagnóstico precoce de dezenas de doenças graves e
raras, que demandam intervenções clínicas, emergenciais e tratamentos
específicos”, destaca a superintendente Geral do IJC e presidente da Unisert,
Daniela Mendes.
Na maior parte do país, o teste do pezinho oferecido na rede pública
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contempla a análise de seis doenças -
fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e
demais hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e deficiência
biotinidase. Já o teste ampliado pode detectar 50 doenças. Na capital paulista,
os bebês nascidos na rede pública já têm acesso ao teste do pezinho ampliado.
“O diagnóstico precoce é capaz de descobrir doenças genéticas,
congênitas, infecciosas, erros inatos do metabolismo e da imunidade e, assim,
realizar a intervenção precoce e oportuna, evitar danos relacionados ao
desenvolvimento neuropsicomotor, sequelas, internações e mortes, proporcionando
qualidade de vida à criança e à sua família”, ressalta a diretora da Saúde da
Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, a
médica Athenê Maria de Marco França Mauro.
O teste do pezinho, obrigatoriamente, deve ser oferecido a todas as
crianças nascidas no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Lei 14.154 de
2021, sancionada em 26 de maio de 2021 pelo presidente Jair Bolsonaro, ampliou
para 53 a lista de doenças a serem investigadas no teste do pezinho feito pela
rede pública em todo o país.
“O grande número de erros no metabolismo existentes pode resultar em
quadros clínicos diversos, variando desde pacientes assintomáticos até casos
mais graves, incluindo situações em que o bebê vai a óbito”.
“O foco da Triagem Neonatal Ampliada é evitar sequelas como a
deficiência intelectual, além de melhorar a qualidade de vida do paciente
tratado precocemente”, afirma médica Fernanda Monti, consultora em Erros Inatos
do Metabolismo, no laboratório do Instituto Jô Clemente.
Fonte: Agência Brasil