Carmo do Paranaíba registra 135 entupimentos nas redes de esgoto em 2024: Uso consciente do sistema é essencial para evitar transtornos
Utilização correta do sistema de esgotamento sanitário contribui para eficácia na prestação dos serviços
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa)
está constantemente mobilizada para melhorar a prestação de serviços, e quando
o assunto é o sistema de esgotamento sanitário, a ajuda da população é crucial,
já que negligenciar as redes coletoras pode interferir na operação e afetar
toda uma sociedade.
Ao começar pelo período chuvoso. Quando a água da
chuva é indevidamente canalizada para as redes de esgoto, por exemplo, as
tubulações não suportam e são rompidas pela pressão, situação que pode causar
vazamentos e refluxos (retorno do esgoto para o interior dos imóveis) e até
mesmo o deslocamento das tampas dos PVs (poços de visita – acesso às redes
subterrâneas de esgoto) no meio das vias públicas, situação que pode levar a
acidentes entre pedestres e motoristas que trafegam pela região.
Renato Carvalho, gerente da Unidade de Serviço de
Apoio Operacional Oeste da Copasa, falou sobre como a utilização incorreta das
redes provoca um “efeito dominó” no dia a dia. “Nem sempre o imóvel afetado
pelo refluxo é o responsável pelo entupimento da rede, mas se ele se encontra
em um nível mais baixo da rua e os canos entupirem, ele é quem será
prejudicado. Ou seja, a ação de um vizinho pode afetar o outro e assim
sucessivamente. Por isso, a utilização correta do sistema de esgotamento por
todos é fundamental”, destacou.
Descarte de lixo
Em Carmo do Paranaíba, extravasamentos e refluxos não
estão restritos à canalização inadequada da água pluvial para as redes
coletoras. O lixo também é um problema. A Copasa registrou, no primeiro
semestre de 2024, 135 entupimentos nas redes de esgoto. Somente em outubro
foram 30 intercorrências, devido ao lançamento irregular de objetos sólidos nas
redes.
Os objetos sólidos não causam transtornos apenas no
meio das ruas, chegam também às elevatórias, unidades de bombeamento que enviam
os efluentes para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), podendo causar
diferentes defeitos nas máquinas, que se entupirem podem extravasar esgoto na
natureza.
Saulo Bernardes, gerente regional da Copasa, explicou
que comunidade e empresa devem trabalhar em equipe. “Ao contrário do que
costumamos ouvir nas ruas, a Copasa não lança esgoto nos mananciais ou nas vias
públicas. Na verdade, a Copasa corrige esses tipos de problemas, causados por
atitudes de terceiros. Se todos fizerem a sua parte, esses transtornos podem
ser evitados, contribuindo para o bem-estar de toda a população”, pontuou.
Dicas
Quando o uso do sistema de esgotamento sanitário é
feito de maneira correta, os efluentes são encaminhados para a ETE, onde
recebem tratamento adequado e são devolvidos à natureza sem a prejudicar.
Medidas simples previnem entupimentos das redes, extravasamentos e refluxos:
Jogar o lixo no lixo, e não no vaso sanitário;
Canalizar a água da chuva para redes de drenagem
pluvial, e não para o esgoto;
Direcionar restos de comida, óleo e outras gorduras
para reciclagem;
Colocar telinhas nos ralos para evitar a passagem de
linhas, fios de cabelo e restos de comida para o esgoto;
Não violar as tampas dos poços de visita para escoar
água da chuva ou lançar lixo.
Por Fernando Alvim