Chuvas: várias casas no Bairro Bela Vista em Lagoa Formosa desabam e moradores ficam desalojados
Outros imóveis do local já sofreram deslizamentos de terras e tiveram as estruturas comprometidas.
As fortes e constantes chuvas que caem na região do Alto Paranaíba desde
o mês de janeiro têm causado muitos transtornos e prejuízos. Em Lagoa Formosa,
no Bairro Bela Vista, vários moradores foram obrigados a deixar suas
residências após partes dos imóveis desabarem. Nas Ruas José Marciano e João
Carneiro pelo menos 10 casas foram danificadas, sendo que 4 delas sofreram
deslizamentos de terras e desmoronaram. Nossa reportagem esteve no local na
tarde desta quinta-feira (10/02) e conversou com dois moradores que contaram os
dramas que tem passado (vídeo).
Por ser região de nascentes, o local já vinha sofrendo afundamento de
terras há algum tempo, mas desde que o volume das chuvas aumentou na cidade a
situação piorou e as famílias que vivem no local passaram a conviver com o medo
e a preocupação. A prefeitura municipal interditou nesta quinta (10) o tráfego
para veículos, na Rua João Carneiro, no trecho onde ficam localizados os
imóveis no Bairro Bela Vista.
Um dos proprietários que teve a casa totalmente comprometida, disse que
vinha alertando a administração pública e o SAAE pelo perigo de desabamento dos
imóveis desde o ano de 2018. Noraldino Ferreira contou que procurou em datas e
anos anteriores os dois órgãos, mas os serviços no local não deram resultados
e, além disso, contribuíram para os deslizamentos de terras. Ele
entrou na justiça para tentar resolver a situação há dois anos e aguarda o
desfecho do caso. Já a professora Magda Braga ressaltou que, também acredita
que a situação poderia ter sido evitada. Ela relatou que também pretende entrar
na justiça para buscar uma solução para a situação. “Fiquei seis anos
construindo a casa, sendo que morávamos no local há apenas um ano e agora
acontece isso”, declarou a professora.
Representantes da prefeitura municipal, entre eles, um engenheiro e uma
assistente social e, ainda, um representante da Defesa Civil estiveram no local
e conversaram com os moradores. No caso da assistente, ela disse que o trabalho
inicial é de conversar com os afetados, alertar os moradores, oferecer apoio
psicológico, alojamento para aqueles que se interessarem e instruir no que for
preciso.