Com aumento de 12,7% na produção, Região Sudeste deve colher nesta safra mais de 27,14 milhões de toneladas de grãos
Todos os quatro estados da região registraram crescimento no volume produzido. Com colheita estimada em 271,4 milhões de toneladas de grãos, Brasil terá produção recorde em 2021/2022
Com os quatro estados do Sudeste --
Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo -- registrando
aumentos expressivos na produção de grãos, a Região espera um volume 12,7%
maior na safra 2021/2022, em comparação ao produzido na safra passada.
Segundo o 11º
Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),
divulgado neste mês, o Sudeste deve colher nesta safra 27,149 milhões de
toneladas, cerca de 3 milhões de toneladas a mais do que os 24,091 milhões de
toneladas registradas na safra passada.
O estudo
demonstra que o Brasil terá uma produção recorde para 2021/2022, com estimativa
de 271,4 milhões de toneladas de grãos. Trata-se de um volume 6,2% maior do que
o colhido em 2020/2021, o que significa 15,9 milhões de toneladas a mais na
produção, já que a safra anterior colheu 255,5 milhões de toneladas de grãos.
A Conab aponta
que houve ganhos tanto na área destinada ao cultivo de grãos quanto na
produtividade média no Sudeste. A área cultivada passou de 6,270 milhões de
hectares em 2020/2021 para 6,574 milhões de hectares nesta safra, um aumento de
4,9%. Já na produtividade média, houve um ganho de 7,5%, tendo saltado de 3.842
quilos por hectare em 2020/2021 para 4.130 quilos por hectare nesta safra.
Minas Gerais foi
o estado com maior volume de produção: 16,839 milhões de toneladas, 9,4% a mais
do que a colheita de 15,392 milhões de toneladas em 2020/2021. Na sequência,
aparece São Paulo, com 10,249 milhões de toneladas, 18,6% superior às 8,645
milhões de toneladas da safra passada.
O estado que
mais registrou aumento percentual na produção no Sudeste foi o Rio de Janeiro,
que passou de 7,2 mil toneladas em 2020/2021 para 9,4 mil de toneladas nesta
safra, um ganho de 30,6%. Já no Espírito Santo, a produção deverá ser 8% maior,
chegando a 49,8 mil toneladas nesta safra, contra 46,1 mil toneladas colhidas
em 2020/2021.
Demais regiões
O 11º
Levantamento da Safra de Grãos da Conab mostrou também que a produção da safra
2021/2022 teve um ganho considerável em quatro das cinco regiões brasileiras. O
maior salto foi observado no Nordeste, onde o volume deve ser de 27,540 milhões
de toneladas de grãos, uma variação de 16,2% a mais do que na safra anterior.
O percentual no
Nordeste é praticamente o mesmo da Região Centro-Oeste, que saltou de 117,371
milhões de toneladas na safra 2020/2021 para 136,194 milhões na safra
2021/2022, um aumento de 16%.
A Região Norte,
com um aumento estimado de 15,4% em comparação com a safra 2020/2021, também
contribuiu para que o Brasil pudesse alcançar neste ano um número recorde na
produção de grãos e deverá colher 14,127 milhões de toneladas nesta safra.
O recorde de
produção de grãos da safra 2021/2022 no Brasil teria sido ainda maior se não
fossem as variações climáticas. Em novembro do ano passado, quando as áreas das
culturas de primeira safra já estavam definidas e as condições do clima vinham
ocorrendo dentro dos padrões ideais, previa-se uma produção total de grãos em
291,1 milhões de toneladas, o que corresponderia a um crescimento de 13,9% em
relação à safra anterior.
Milho é destaque com expressivo aumento
na produção
O milho ocupa
papel de protagonista no cenário nacional, com produção estimada de 114,7
milhões de toneladas para essa temporada, sendo 31,7% superior ao produzido em
2020/2021. A primeira safra de 2021/2022 está com a colheita sendo finalizada,
já o milho de segundo ciclo está em fase de colheita e o de terceira ciclo teve
o plantio finalizado em julho.
O clima seco e
quente registrado em julho favoreceu o avanço da colheita da segunda safra de
milho 2021/2022 na maioria das regiões produtoras, passando de 70% da área
semeada, que alcançou 16,37 milhões de hectares. A área semeada é 9,2% superior
ao da safra 2020/2021 e é a maior área já registrada para o cultivo do cereal
no período.
Com mais de 90%
da área já colhida e com a melhor média de produtividade do país, alcançando o
rendimento de 6.338 quilos por hectare, Mato Grosso é o estado mais adiantado
nos trabalhos relativos à colheita do milho na segunda safra. A produtividade
média nacional esperada para esta safra é de 5.339 quilos por hectare, 31,8%
superior à da safra de 2020/2021.
Outros grãos
A principal
colheita de grãos no Brasil vem da soja, com uma produção estimada de 124
milhões de toneladas. A colheita já está concluída, e apesar do enorme volume,
houve uma redução de 10,2% na produção, resultado de uma severa estiagem
observada no Sul do País no final de 2021 e início de 2022.
Além do milho, o
algodão e o feijão tiveram aumento na produção levando-se em conta a safra
2020/2021. Para a pluma, a produção estimada é de 2,74 milhões de toneladas,
16% superior à safra passada. A finalização da colheita está prevista para
setembro.
O feijão tem
produção total estimada de 3,05 milhões de toneladas, 5,3% superior à safra
anterior. Desse volume, 1.813 mil toneladas são de feijão-comum cores, 576,4
mil toneladas de feijão-comum preto e 656,9 mil toneladas de feijão-caupi.
O primeiro e
segundo ciclos de feijão cultivados nessa safra já estão com a colheita
concluída. Já o cultivo de terceiro ciclo está iniciando a colheita.
Para o arroz, a
produção está estimada em 10,8 milhões de toneladas e a colheita já está
concluída.
As graníferas de
inverno, como aveia, canola, cevada, centeio, trigo e triticale (cereal híbrido
resultante do cruzamento entre o trigo duro e o centeio) estão em campo,
apontando, até o momento, produção recorde, podendo chegar a um pouco mais de
11 milhões de toneladas. Operações de colheita já começaram, principalmente para
o trigo no Centro-Oeste.
Outros produtos,
como amendoim, gergelim, girassol e mamona, também tiveram aumentos expressivos
quando comparados à 2020/2021. O gergelim saltou de 56,7 mil toneladas para
98,1 mil toneladas em 2021/2022, um aumento de 73%. A mamona passou de 27,4 mil
toneladas para 43,7 mil toneladas (variação positiva de 59,5%) e o amendoim
total saltou de 596,9 mil toneladas para 746,7 mil toneladas (25,1% a mais). Já
para o girassol, a produção na safra passada foi de 36,2 mil toneladas e subiu
para 40,8 mil toneladas (12,7% a mais) nesta safra.
Fonte:
Secretaria Especial de Comunicação Social