DNA vai definir se bebê retirada da barriga da mãe fica com pai ou tio

A mãe da criança foi brutalmente assassinada durante o parto clandestino

Notícias | Sociedade

30 Outubro, 2018

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DNA vai definir se bebê retirada da barriga da mãe fica com pai ou tio


A recém nascida Isadora Cristina, que foi arrancada da barriga da mãe Mara Cristina Ribeiro da Silva, em João Pinheiro, no Noroeste do Estado, recebeu alta do Hospital São Lucas, em Patos de Minas. A bebê era prematura e tinha um ferimento na cabeça, ela estava internada desde o dia 16 de outubro. Para a alegria de familiares e amigos ela recebeu alta no último sábado (27/10).

Segundo informações do tio da menina, Cristiano Ribeiro, 31 anos, contou que a pequena Isadora Cristina está temporariamente com o pai, até que seja feita uma confirmação do exame de DNA. “Se der positivo ele leva a menina, agora se der negativo eu vou ficar com ela. A outra filha da Mara de um ano também está com o pai”, contou Cristiano.

Ele disse ainda que sua irmã Mara tinha se separado do pai das crianças e estava morando com a suspeita do crime. “A gente tinha alertado ela várias vezes. Sabíamos que essa mulher tinha vários crimes, mas a minha irmã não acreditava e achava que elas eram amigas”, relatou o irmão.

No dia 25 de outubro o inquérito do caso foi encerrado. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil a suspeita Angelina Ferreira Rodrigues, de 40 anos, foi indiciada pelos crimes de dar parto alheio como próprio, subtração de incapaz e homicídio qualificado pelo motivo fútil, meio cruel, à traição e mediante emboscada e ocultação de outro crime.

Somados, os crimes podem chegar a até 38 anos de prisão, porém, pelas leis brasileiras, o máximo que um condenado fica preso é 30 anos.

“O que mais me revolta é a Justiça não funcionar. Essa mulher tinha que ter prisão perpétua pela barbaridade que fez”, defende o tio de Isadora, Cristiano.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a morte da mulher foi por anemia hemorrágica interna e externa e não por asfixia como suspeitava-se, o que indica que Mara estava viva quando o bebê foi arrancado de sua barriga.

O marido da suspeita não foi indiciado, pois as investigações indicaram que ele não teria tido participação no crime. Segundo a Polícia Civil também não houve participação de uma terceira pessoa no crime.

Matéria: Hamilton Amorim

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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