Ministério da Saúde lança estratégia para combate à obesidade infantil
Plano destina recursos para que municípios promovam hábitos saudáveis
O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (10/08)
estratégia nacional para combater a obesidade infantil e campanha educativa
sobre o tema. As iniciativas pretendem promover a alimentação saudável entre
crianças e adolescentes.
A Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à
Obesidade Infantil – Proteja disponibilizará recursos a municípios para o desenvolvimento
de ações de combate ao problema e promoção de hábitos saudáveis.
Na primeira etapa, poderão aderir até mil
prefeituras. A participação do programa implicará o compromisso de implantar
uma série de iniciativas, como a vigilância alimentar e nutricional com
mapeamento da situação das crianças e adolescentes na cidade, e campanhas de
comunicação para discutir com a sociedade a importância de hábitos mais
saudáveis.
Também estão previstas entre as ações da estratégia
a formação de equipes de saúde para lidar com as crianças e adolescentes do
município e a articulação com a comunidade para que as recomendações para
evitar a obesidade infantil sejam acolhidas no cotidiano das famílias.
Serão disponibilizados R$ 90 milhões de reais. “É muito pouco. Nós queremos mais. Para isso
vamos trabalhar para alocar os recursos do orçamento de Saúde. Se não
contemplarmos a Atenção Primária à Saúde de forma adequada, vai cair nos nossos
hospitais e vamos ter que botar recursos lá e é muito mais difícil”, disse
o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na cerimônia de lançamento.
Campanha
A Campanha de Prevenção e Atenção à Obesidade
Infantil de 2021 terá como foco a promoção do consumo de alimentos in natura e
redução do consumo de comidas ultraprocessadas.
As peças de campanha também chamam a atenção para a
importância de realizar atividades físicas desde os primeiros anos de vida,
sejam elas nas brincadeiras e atividades lúdicas ou na prática de esportes.
A campanha também mira o grande tempo que crianças e
adolescentes passam em frente a telas, assistindo à TV, interagindo pelos
smartphones ou utilizando apps em computadores e tablets.
“Essas
ações são importantes porque já vinha aumentando e na pandemia cresceu mais por
motivos óbvios, com as pessoas em casa. A obesidade é uma doença por si só e
aumenta risco de outras doenças”, declarou o secretário
de Atenção Primária à Saúde, Rafael Parente.
Cenário
nacional
Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente há
6,4 milhões de crianças com até 10 anos com excesso de peso e 3,1 milhões de
crianças nessa faixa etária com obesidade. Na faixa de até cinco anos, o índice
é de 15,9%, enquanto na de cinco a nove é de 31,8%.
Entre os adolescentes, há 11 milhões de indivíduos
com excesso de peso e 4,1 milhões com obesidade, um índice total de 31,9%.
Fonte: Agência Brasil