Motoqueiro é baleado pela Polícia Militar no Bairro Antônio Caixeta em Patos de Minas
PM alega que o jovem de 25 anos praticava direção perigosa, vítima e testemunhas negam versão.
Um motociclista de 25 anos foi
baleado no tornozelo pela Polícia Militar no início da tarde desta quinta-feira
(07/10) no Bairro Antônio Caixeta em Patos de Minas. A ocorrência foi
registrada como direção perigosa, porém o motociclista nega. A reportagem
procurou o comando da Polícia Militar e o advogado do suspeito para mostrar as
duas versões do fato.
Segundo o subcomandante do 15º
Batalhão da Polícia Militar, major Sócrates Queiroz Caixeta, durante operação
no Bairro Antônio Caixeta, os policiais depararam com o motociclista
transitando em alta velocidade e empinando a roda.
O jovem teria desobedecido a ordem de
parada e levado a mão na cintura, como se fosse sacar algo. O policial então
efetuou um disparo, que acertou o tornozelo do motociclista. Ainda de acordo
com a Polícia Militar, mesmo baleado, o suspeito tentou continuar em fuga, bateu
na viatura e caiu no chão.
O motociclista foi socorrido
imediatamente pelo SAMU e encaminhado para o Hospital Regional Antônio Dias,
onde ficou internado sob escolta policial. Segundo o major, ele está preso por
direção perigosa. O motociclista é devidamente habilitado. A moto pertence a um
amigo e está com a documentação regular, porém foi apreendida devido ao crime
de trânsito.
O advogado do suspeito, Luís Felipe
Borges Vieira, conversou com a equipe de reportagem e disse que o cliente dele
negou a versão dada pela polícia. O motociclista disse ao advogado que não
empinou a roda, não estava em alta velocidade e que também não recebeu ordem de
parada. Ele contou ao advogado que após
ser baleado, ele foi atingido pela viatura da Polícia Militar.
Luís Felipe disse ainda que a equipe
de advogados do escritório dele esteve no local do ocorrido e conversou com
diversas testemunhas a qual relatam a mesma situação contada pelo motociclista.
A defesa entendeu ainda que, segundo versões do suspeito e de testemunhas, não
era necessário o disparo por parte da PM. O jovem de 25 anos teria acabado de
sair de casa quando aconteceu o incidente.
Sobre o procedimento do escritório,
Luís Felipe disse que a defesa vai acompanhar a investigação policial da
Polícia Civil e também da Justiça Militar. O advogado disse ainda se tratar de
uma ação policial muito grave e que, caso fique comprovado que houve excesso ou
abuso por parte de um policial militar, a família buscará a responsabilização.
Por Patos notícias