Polícia Civil indicia seis pessoas por morte de detento em Patos de Minas

O homem de 55 anos foi encontrado morto na Cela 10, Bloco I, no Presídio Sebastião Satiro.

Notícias | Policiais

31 Março, 2022

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Polícia Civil indicia seis pessoas por morte de detento em Patos de Minas


A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na última segunda-feira (28/3), o inquérito que apurou a morte de um detento, de 55 anos, ocorrida no dia 13 deste mês, em um presídio em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Seis pessoas, que dividiam cela com a vítima, foram indiciadas por homicídio triplamente qualificado.

 

No dia do crime, a PCMG foi acionada pelo sistema prisional para investigar a morte do homem, supostamente um caso de suicídio, entretanto, a perícia identificou no local indícios de homicídio. Por meio de análises periciais, coleta de informações e depoimentos, foi constatado o envolvimento dos seis investigados no crime.

A mando de uma organização criminosa, os suspeitos se juntaram, dividiram as funções e atacaram a vítima enquanto ela dormia. Em seguida, com a intenção de dificultar as investigações e ainda forjar um suicídio, o grupo pendurou o corpo da vítima na janela da cela.

Entenda o caso

Um detento foi encontrado morto na manhã do dia 13 de março na Cela 10, do Bloco I, no Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas. Um colega de cela teria acordado pela manhã e encontrado o homem de 55 anos morto dentro do banheiro. A Polícia Militar registrou um boletim de ocorrência como suicídio, porém a Polícia Civil investiga o caso como um homicídio.

Um detento chamou os policiais penais e contou que havia acordado para ir ao banheiro, quando deparou com Gilson Martins pendurado pelo pescoço com uma tira de tecido, que estava amarrada na janela da cela. O local foi isolado e, em seguida, foi constatado que o detento já estava sem vida.

A Polícia Militar foi acionada e registrou um boletim de ocorrência como autoextermínio. Já a perícia técnica da Polícia Civil  notou indícios de homicídio. Segundo o delegado Luís Mauro Sampaio, os suspeitos mataram a vítima em outro local, onde foi encontrado manchas de sangue. Depois, eles  forjaram a situação para parecer suicídio.

Luís Mauro disse também que o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal – IML, onde os legistas perceberam que a vítima teve uma luta corporal antes de ser morto. Na cela havia 12 detentos. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

Fonte: 10ª DRPC

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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