Polícia Civil indicia seis pessoas por morte de detento em Patos de Minas
O homem de 55 anos foi encontrado morto na Cela 10, Bloco I, no Presídio Sebastião Satiro.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na
última segunda-feira (28/3), o inquérito que apurou a morte de um detento, de
55 anos, ocorrida no dia 13 deste mês, em um presídio em Patos de Minas, no
Alto Paranaíba. Seis pessoas, que dividiam cela com a vítima, foram indiciadas
por homicídio triplamente qualificado.
No dia do crime, a PCMG foi acionada pelo sistema
prisional para investigar a morte do homem, supostamente um caso de suicídio,
entretanto, a perícia identificou no local indícios de homicídio. Por meio de
análises periciais, coleta de informações e depoimentos, foi constatado o
envolvimento dos seis investigados no crime.
A mando de uma organização criminosa, os suspeitos se
juntaram, dividiram as funções e atacaram a vítima enquanto ela dormia. Em
seguida, com a intenção de dificultar as investigações e ainda forjar um
suicídio, o grupo pendurou o corpo da vítima na janela da cela.
Entenda o caso
Um detento foi encontrado morto na manhã do dia 13 de
março na Cela 10, do Bloco I, no Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas.
Um colega de cela teria acordado pela manhã e encontrado o homem de 55 anos
morto dentro do banheiro. A Polícia Militar registrou um boletim de ocorrência
como suicídio, porém a Polícia Civil investiga o caso como um homicídio.
Um detento chamou os policiais penais e contou que
havia acordado para ir ao banheiro, quando deparou com Gilson Martins pendurado
pelo pescoço com uma tira de tecido, que estava amarrada na janela da cela. O
local foi isolado e, em seguida, foi constatado que o detento já estava sem
vida.
A Polícia Militar foi acionada e registrou um boletim
de ocorrência como autoextermínio. Já a perícia técnica da Polícia Civil notou indícios de homicídio. Segundo o
delegado Luís Mauro Sampaio, os suspeitos mataram a vítima em outro local, onde
foi encontrado manchas de sangue. Depois, eles
forjaram a situação para parecer suicídio.
Luís Mauro disse também que o corpo foi levado para o
Instituto Médico Legal – IML, onde os legistas perceberam que a vítima teve uma
luta corporal antes de ser morto. Na cela havia 12 detentos. O caso segue sendo
investigado pela Polícia Civil.
Fonte: 10ª DRPC